A
Caerd iniciou nesta semana a suspensão do fornecimento de água a vários órgãos públicos
municipais em Pimenta Bueno. A operação que poupou escolas, creches e hospitais, objetiva receber ou negociar uma divida da prefeitura com a Caerd que arrasta a mais de 10 anos e utrapassa os 5,9 milhões de reais.
Em
março deste ano, a Companhia de água e esgoto de Rondônia encaminhou correspondência
á várias prefeituras do estado informando seus débitos junto a empresa e
solicitando manifestação por parte dos prefeitos sobre a disposição de pagar ou
negociar. Como de praxe, poucos se deram o luxo de responder a solicitação. Sem
alternativa a vista, a Diretoria mandou expedir ordens de serviço de corte e
suspender o fornecimento.
Em
Pimenta Bueno, a Caerd não recebe da prefeitura desde o mês de novembro de
2003. Como se pode ver, a estatal foi até tolerante de mais com seus devedores.
Inez Zanol deixou de sua gestão, um ano e dois
meses de faturas não pagas. Augusto também não pagou durante seus oito anos de mandato
e Jean Mendonça seguiu o mesmo caminho desde que assumiu em 01 de janeiro de
2013.
Não
bastasse a indefinição quanto ao futuro da concessão dos serviços públicos de água e saneamento no município, o que
prejudicou sobremaneira os investimentos em ampliação e modernização da estatal
nos últimos 12 anos, os que hoje defendem a privatização simplesmente não honraram seus compromissos
junto a empresa como gestor e cidadão.
É
preciso deixar pelo menos duas situações bem esclarecidas para que não alimente
desinformação e discursos de revanchismo: a dívida com a Caerd em Pimenta Bueno
não é apenas e tão somente do prefeito Jean Mendonça, e a operação desencadeada
pela Caerd para receber este passivo, não se restringe a Pimenta Bueno, mas
está sendo executada em boa parte dos municípios
de Rondônia onde os prefeitos atuais e anteriores esqueceram-se de pagar suas
contas.